Absenteísmo já é uma palavra conhecida entre gestores e profissionais de RH. Mas você já ouviu falar em presenteísmo?
A ausência de um colaborador no ambiente de trabalho, seja ele online ou presencial, é motivo de preocupação para quem lida com gestão de pessoas. Esta ausência no processo de trabalho, dever ou obrigação, seja por falta ou atraso, falta de motivação ou devido a algum motivo interveniente é o que compõe o absenteísmo (ou absentismo).
Porém, estar fisicamente presente (no local físico ou no ambiente virtual) não garante que a atenção e o pensamento das pessoas estejam voltados para o trabalho. Este fenômeno em que o colaborador está presente de corpo, mas com a mente em outro lugar e, consequentemente, com produtividade afetada, é chamado de presenteísmo.
O profissional que sofre do presenteísmo trabalha todos os dias, mas não consegue se vincular emocionalmente às suas tarefas. Fica no piloto automático. É uma situação de quem vai trabalhar doente ou extremamente cansado.
Se você identificar que o seu ambiente de trabalho possui muitas reuniões improdutivas, trabalho acumulado, distrações ou discussões redundantes, é sinal de que as pessoas podem estar sofrendo do presenteísmo.
Uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) com 1.000 trabalhadores, com idades de 25 a 60 anos, apontou que 89% dos entrevistados relataram que o comportamento presenteísta acompanha dores de cabeça e dores musculares constantes, com as quais vinham convivendo diariamente.
Ainda, 86% dos trabalhadores relataram ter problemas com ansiedade e 81% se disseram angustiados com frequência. Também segundo a ISMA-BR, cerca de 23% da população adulta é presenteísta. E esse percentual chega a 35% quando falamos do setor industrial.
O assunto saúde mental já está ocupando grandes espaços de discussões nas empresas, e com razão. Assim como a Síndrome de Burnout, Transtornos de Ansiedade e Depressão, o presenteísmo não está relacionado ao mau-caratismo das pessoas.
São questões de saúde, tanto física quanto mentais, que podem ser causadas ou agravadas por condições de trabalho adversas. Por isso, é preciso existir um espaço de boa comunicação entre as pessoas da empresa, com feedbacks constantes, assim como, uma promoção da saúde e do bem-estar dos colaboradores.
O presenteísmo traz muitas consequências físicas e mentais para quem o sofre. É um sentimento de cansaço e exaustão, acompanhados de uma boa dose de estresse. Estes fatores combinados, minam a produtividade deste colaborador.
Neste contexto, as entregas se tornam insuficientes ou incompletas, o que pode acarretar em refações, recall de produtos e até mesmo perda de clientes que antes se mostravam fiéis. Segundo levantamento da ISMA-BR, o presenteísmo causa perdas de até US$ 42 bilhões – e isso apenas para as empresas brasileiras.
Outro impacto do presenteísmo em empresas é uma alta rotatividade da equipe, com demissões constantes fazendo com que o time esteja deficitário, de uma forma ou de outro.
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