Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a testagem em massa é fundamental para enfrentar o vírus. Existem diferentes tipos de testes, com diferentes objetivos. Alguns testes buscam identificar a presença do vírus, para que a pessoa possa ser tratada e isolada. Outros tipos são aplicados para controle epidemiológico, isto é, são usados para entender como o vírus está se espalhando entre as pessoas, para que estratégias para contê-lo sejam traçadas. Vamos conhecer abaixo os diferentes tipos de testes.
O RT-PCR é um teste da categoria dos testes moleculares, aqueles que buscam por moléculas de RNA do vírus na pessoa. É o famoso "teste do cotonete" e é considerado o padrão ouro para diagnosticar Covid-19. Ele é de alta confiabilidade e dificilmente apresenta um resultado errado se for coletado no tempo correto.
Ele é feito coletando a secreção no nariz e na garganta com o swab, um instrumento parecido com um cotonete. Por conta disso, ele deve ser feito a partir de 3º dia após o início dos sintomas, que é quando a carga de vírus já é alta o suficiente para ser detectada. Depois do 12º dia, este teste não é mais recomendado, podendo apresentar um resultado falso negativo.
Esse tipo de teste não detecta o vírus, mas sim a presença de anticorpos. Quando temos contato com o vírus ou já tivemos a doença, nosso organismo produz anticorpos como uma resposta à infecção.
Após um tempo do início dos sintomas, a carga de vírus começa a diminuir e a quantidade de anticorpos aumenta. Por esse motivo, este teste deve ser realizado após sete ou dez dias do início dos sintomas.
A sorologia é feita através de uma coleta de sangue, que é analisada em laboratório. Em comparação com o RT-PCR, os testes sorológicos possuem menor capacidade de detectar a doença e não são muito recomendados para diagnóstico. Ele entra como um teste para avaliar a exposição tardia do vírus, ou mesmo em assintomáticos e também ajudam na pensar em estratégias para o controle da doença.
Os testes rápidos são comumente usados com o proposito de obter um resultado de forma veloz e sem precisar de muitos equipamentos. Basicamente procura-se uma resposta imunológica do nosso corpo, uma resposta das nossas células de defesa. O teste é feito por um furinho no dedo para assim coletar e testar uma gota de sangue.
Ele é feito geralmente 1 à 5 dias do início dos sintomas e depois do 10ª dia de sintomas. No entanto, a maioria dos testes rápidos existentes possuem sensibilidade e especificidade muito reduzidas em comparação as outras metodologias. O Ministério da Saúde aponta que os testes rápidos apresentam uma taxa de erro de 75% para resultados negativos, o que pode gerar insegurança e incerteza para interpretar resultado negativo e determinar se o paciente em questão precisa ou não manter o isolamento social.